No berçário II B, procuramos trabalhar indentidade e
autonomia. Qual a importância?
Reconhecer a própria imagem é um dos passos para a
construção da identidade
Identidade
Construir a identidade
implica conhecer os próprios gostos e preferências e dominar habilidades e
limites, sempre levando em conta a cultura, a sociedade, o ambiente e as
pessoas com quem se convive. Esse auto conhecimento começa no início da vida e
segue até o seu fim, mas é fundamental que alguns conhecimentos sejam
adquiridos ainda na creche.
Assim que nasce, o bebê
permanece um bom tempo em fusão com a mãe. Isso significa que ele ainda não é
capaz de reconhecer os próprios limites e os limites do outro. Por isso, o
desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida está intimamente ligado a
experiências de frustração. Pelas quais terá de passar para compreender-se como
um ser único em meio a outros seres igualmente singulares, ou seja, um ser com
identidade própria.
O cerne da construção da
identidade está nas pessoas com as quais a criança estabelece vínculos. A
família é o primeiro canal de socialização. Em seguida, e tão importante
quanto, está a escola.
Autonomia
A autonomia,
segundo o mesmo referencial curricular é "a capacidade de se conduzir e de
tomar decisões por si próprias, levando em conta regras, valores, a perspectiva
pessoal, bem como a perspectiva do outro". Mais do que autocuidado - saber
vestir-se, alimentar-se, escovar os dentes ou calçar os sapatos -, ter
autonomia significa ter vontade própria e ser competente para atuar no mundo em
que vive. É na creche que a criança conquista suas primeiras aprendizagens -
adquire a linguagem, aprende a andar, forma o pensamento simbólico e se torna
um ser sociável.
A especificidade do
trabalho na creche
Na faixa de 0 a 3 anos, explorar o eixo
identidade e autonomia envolve ajudar os pequenos a desenvolver o
reconhecimento da própria imagem. O objetivo é que eles se identifiquem como
seres únicos, com corpo, hábitos e preferências próprias. Ao mesmo tempo, é
desejável que os bebês ganhem independência progressiva para tanto para
realizar ações cotidianas, como brincar e se expressar por meio da linguagem,
quanto para o cuidado com a higiene e a alimentação. O caminho privilegiado
para conseguir esse desenvolvimento são as atividades de interação, que
possibilitam a criação de vínculos afetivos e o aprendizado das regras para a
vida em sociedade.
A especificidade do
trabalho na creche
Até os três anos,
praticamente todas as descobertas e brincadeiras estão relacionadas à construção
da identidade e da autonomia. Por isso, o educador deve estar sempre atento a
qualquer manifestação das crianças (choros, caretas, movimentos). Também é
importante sempre chamá-las pelo nome; além de observar e de registrar, com
cuidado, as preferências e gostos de cada um. Uma boa evolução psicomotora, cognitiva
e linguística estão vinculadas ao processo de construção da personalidade e à
capacidade de se relacionar e de se comunicar com as outras pessoas. E é
somente ao ter a oportunidade de interagir que o bebê aprende a se relacionar
com o outro. O mundo e ele deixam de ser uma coisa só (a criança não distingue
totalmente os limites entre ela e o outro até o primeiro ano de vida) e os
conflitos gerados nessas situações de interação são um ótimo meio de aquisição
da linguagem verbal, desde que bem mediados por você. Já as atividades que a
criança começa a realizar sozinha, como alimentar-se ou observar as ações dos
colegas, ajudam-na a incorporar hábitos e valores do lugar onde vive.
Algumas atividades seguem em
postagens, como fomos desenvolvendo em
sala de aula a identidade e autonomia.
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